MOVIMENTO MANGUEBAET
Trabalho (Pesquisa) de Geografia (Professora Darlene - Escola Figueiredo Correia)
(Texto extraido do site: http://manguebeat.wordpress.com)
Manguebeat
(ou Manguebit) é um movimento musical que surgiu no Brasil na Década de 90 em Recife que mistura ritmos regionais com rock, hip
hop e música eletrônica. Esse
estilo tem como ícone o músico Chico Science, ex-vocalista, já
falecido, da banda Chico Science e Nação Zumbi, idealizador do
rótulo mangue e principal divulgador das idéias, ritmos e
contestações do Manguebeat. Outro grande responsável pelo
crescimento desse movimento foi Fred 04, vocalista da banda Mundo
Livre S/A e autor do primeiro manifesto do Mangue de 1992, intitulado
Caranguejos com cérebro.
Manifesto
Mangue 1
por Zero Quatro
Caranguejos com Cérebro
Mangue - O conceito
por Zero Quatro
Caranguejos com Cérebro
Mangue - O conceito
Estuário.
Parte terminal de um rio ou lagoa. Porção de rio com água salobra.
Em suas margens se encontram os manguezais, comunidades de plantas
tropicais ou subtropicais inundadas pelos movimentos dos mares. Pela
troca de matéria orgânica entre a água doce e a água salgada, os
mangues estão entre os ecossistemas mais produtivos do
mundo. Estima-se que duas mil espécies de microorganismos e
animais vertebrados e invertebrados estejam associados à vegetação
do mangue. Os estuários fornecem áreas de desova e criação para
dois terços da produção anual de pescados do mundo inteiro. Pelo
menos oitenta espécies comercialmente importantes dependem dos
alagadiços costeiros. Não é por acaso que os mangues são
considerados um elo básico da cadeia alimentar marinha. Apesar das
muriçocas, mosquitos e mutucas, inimigos das donas-de-casa, para os
cientistas os mangues são tidos como os símbolos de fertilidade,
diversidade e riqueza.
Manguetown - A cidade
A
planície costeira onde a cidade do Recife foi fundada, é cortada
por seis rios. Após a expulsão dos holandeses, no século XVII, a
(ex) cidade "maurícia" passou a crescer desordenadamente
as custas do aterramento indiscriminado e da estruição dos seus
manguezais. Em contrapartida, o desvairio irresistível de uma
cínica noção de "progresso", que elevou a cidade ao
posto de "metrópole" do Nordeste, não tardou a revelar
sua fragilidade. Bastaram pequenas mudanças nos "ventos"
da história para que os primeiros sinais de esclerose econômica se
manifestassem no início dos anos 60. Nos últimos trinta anos a
síndrome da estagnação, aliada à permanência do mito da
"metrópole", só tem levado ao agravamento acelerado do
quadro de miséria e caos urbano. O Recife detém hoje o maior índice
de esemprego do país. Mais da metade dos seus habitantes moram em
favelas e alagados. Segundo um instituto de estudos populacionais de
Washington, é hoje a quarta pior cidade do mundo para se
viver.
Mangue - A cena
Emergência!
Um choque rápido, ou o Recife morre de infarto! Não é preciso ser
médico pra saber que a maneira mais simples de parar o coração de
um sujeito é obstruir as suas veias. O modo mais rápido também, de
infartar e esvaziar a alma de uma cidade como o Recife é matar os
seus rios e aterrar os seus estuários. O que fazer para não afundar
na depressão crônica que paraliza os cidadãos? Como devolver o
ânimo deslobotomizar e recarregar as baterias da cidade? Simples!
Basta injetar um pouco da energia na lama e estimular o que ainda
resta de fertilidade nas veias do Recife. Em meados de 91 começou
a ser gerado e articulado em vários pontos da cidade um núcleo de
pesquisa e produção de idéias pop. O objetivo é engendrar um
"circuito energético", capaz de conectar as boas vibrações
dos mangues com a rede mundial de circulação de conceitos pop.
Imagem símbolo, uma antena parabólica enfiada na lama. Os
mangueboys e manguegirls são indivíduos interessados em:
quadrinhos, tv interativa, anti-psiquiatra, Bezerra da Silva, Hip
Hop, midiotia, artismo, música de rua, John Coltrane, acaso, sexo
não-virtual, conflitos étnicos e todos os avanços da química
aplicada no terreno da alteração e expansão da consciência.
Manifesto
Mangue 2
por Zero Quatro, com a colaboração de Renato L.
Quanto vale uma vida
Longa vida ao Groove
por Zero Quatro, com a colaboração de Renato L.
Quanto vale uma vida
Longa vida ao Groove
Os
alquimistas estão chorando. A indignação ruidosa de Lúcio Maia
com a ferocidade carniceira da imprensa nos faz lembrar que nem tudo
tem que ser movido a cinismo e oportunismo no - cada vez mais -
cínico e vulgar circuito pop. Antes de mais nada, salve
Lúcio, Jorge, Dengue, Gilmar, Toca, Gira e Pupilo. Salve Paulo André
e longa vida ao Nação Zumbi, com seu groove imbatível, mix
epidêmico e urgente de química e magia que cedo ou tarde vai varrer
o mundo!
A primeira vez que vimos Chico juntando a Loustal com o Lamento Negro (o embrião do que seria a Nação Zumbi, ainda no início de 91), comentamos arrepiados, eu e Renato L. : "não importa que estejamos no fim do mundo e sem dinheiro no bolso; não tem errada, não há nada no mundo que possa deter esse som!" Na nossa ficha, constava a produção de vários programas de Rock na cidade, onde nos esforçávamos para mostrar sons novos e interessantes de todos os cantos do mundo. E não havia dúvida de que naquele momento estávamos diante de algo absurdamente novo e irresistível. Começamos imediatamente a viajar num conceito capaz de colocar o Recife no mapa. Claro que houve momentos nos últimos anos em que chegamos a pensar que talvez tivéssemos ajudado a criar uma espécie de monstro incontrolável. Mas hoje sabemos que agimos bem, não poderíamos agir de outro modo.
A primeira vez que vimos Chico juntando a Loustal com o Lamento Negro (o embrião do que seria a Nação Zumbi, ainda no início de 91), comentamos arrepiados, eu e Renato L. : "não importa que estejamos no fim do mundo e sem dinheiro no bolso; não tem errada, não há nada no mundo que possa deter esse som!" Na nossa ficha, constava a produção de vários programas de Rock na cidade, onde nos esforçávamos para mostrar sons novos e interessantes de todos os cantos do mundo. E não havia dúvida de que naquele momento estávamos diante de algo absurdamente novo e irresistível. Começamos imediatamente a viajar num conceito capaz de colocar o Recife no mapa. Claro que houve momentos nos últimos anos em que chegamos a pensar que talvez tivéssemos ajudado a criar uma espécie de monstro incontrolável. Mas hoje sabemos que agimos bem, não poderíamos agir de outro modo.
-
E agora, mangueboys?
Chico
era referência e inspiração para muita gente, talvez para toda uma
geração de recifenses. E a perda para a Nação Zumbi é
irreparável em termos de carisma, energia vocal, gestual, etc.
Ninguém questiona isso. Mas o que muita gente esquece é que a
fórmula criada por Chico tinha uma base muito sólida em termos de
cozinha, acompanhamento, groove. A maioria das pessoas desconhece
alguns fatos. Quando eu conheci Francisco França, ele era o lado
mais extrovertido da mais nova dupla do barulho da cidade. Chico e
Jorge eram inseparáveis como unha e carne, egressos da "Legião
Hip Hop", que reunia no final dos anos 80, alguns dos melhores
dançarinos e djs que o Recife já conheceu ( alguém aí já viu
Jorge Du Peixe dançando "street"? A galera que hoje em dia
ensina funk nas academias de dança não daria nem pro
caldo...).
Jorge sempre foi um pouco mais tímido, mas não
menos engraçado, e os dois se completavam em termos de gosto,
idéias, visão e criatividade. Chico sempre teve mais iniciativa e
era, como todos sabemos, um letrista formidável. Mas alguém aí se
lembra quem é o autor da letra do clássico "Maracatu de Tiro
Certeiro"? Isso mesmo, Jorge Du Peixe...
Quanto a Lúcio
Maia, qualquer um que acompanhe a Guitar Player, sabe que é cada vez
maior o número de pessoas que o consideram um dos mais talentosos e
ecléticos guitarristas brasileiros, uma verdadeira revelação dos
últimos tempos. Dengue, então, é aquele baixista contido,
discreto, mas super-eficiente. Desde os tempos do Loustal, ele sempre
conseguiu encaixar a levada perfeita para o estilo fragmentado dos
versos de Chico. E quanto aos tambores e à bateria, nem é preciso
comentar. Não se via, no rock and roll, uma engrenagem tão potente
e envenenada desde a morte de John Bonham.
Quando toda a
crítica brasileira caiu de quatro sob o impacto avassalador do "Da
Lama ao Caos", houve no Recife quem apostasse que Chico
despontaria em carreira solo já no segundo disco. Argumentavam que,
por um lado Chico tinha luz própria de sobra e por outro a fórmula
do Nação Zumbi não renderia mais nada interessante, pois já teria
se esgotado. Eu e Renato torcemos para que acontecesse o contrário,
para que Chico não se rendesse à vaidade pessoal e injetasse todo
gás possível no fortalecimento da banda. Ele não decepcionou,
mostrou que não era nem um pouco ingênuo ou deslumbrado e que sabia
muito bem do que precisava para se manter no topo. O resultado foi o
brilhante "Afrociberdelia", um trabalho coletivo - com
Lúcio mais ativo do que nunca do que nunca na produção.
Portanto, se existe uma banda que tem total autoridade e potencial para ocupar condignamente o lugar que o inesquecível Chico Science deixou vago no topo, essa banda é sem dúvida a Nação Zumbi. Por sinal, o próprio Chico nem cogitava em dar por esgotado o formato da banda, tanto que já planejava entrar com os brothers no estúdio ainda este ano para gravar o terceiro disco. LONGA VIDA AO GROOVE!!!
Portanto, se existe uma banda que tem total autoridade e potencial para ocupar condignamente o lugar que o inesquecível Chico Science deixou vago no topo, essa banda é sem dúvida a Nação Zumbi. Por sinal, o próprio Chico nem cogitava em dar por esgotado o formato da banda, tanto que já planejava entrar com os brothers no estúdio ainda este ano para gravar o terceiro disco. LONGA VIDA AO GROOVE!!!
Buscando respostas
"Something
is happening here, but you don´t know what it is. Do you, Mr Jones?"
Essa frase de Bob Dylan me vem à mente sempre que eu penso no tom de
alguns comentários publicados nos maiores jornais do país a
respeito da morte de Chico. Talvez com intenção de pintar o fato
com as cores mais chocantes, expurgando, assim, a dor e a revolta da
perda, as matérias acabavam invariavelmente emitindo um tom
derrotista ou até desolador.
Se o caso é especular sobre o que pode acontecer daqui em diante, o mais oportuno seria tentar identificar na história do Pop, fatos ou situações semelhantes que possam servir de exemplos. Em se tratando de movimentos de cultura Pop; gerados em focos isolados; situados na periferia do mercado; e com reconhecimento mundial, os fenômenos mais correlatos ao Mangue Beat que se tem notícia - ainda que os estágios de desenvolvimentos sejam distintos - são a Jamaica pós-Bob Marley e Salvador pós-Tropicalismo.
Sobre Salvador, minha experiência como mangueboy me diz que o Tropicalismo não surgiu lá por acaso. Nada no mundo poderia ter impedido o caldo cultural da cidade de gerar posteriormente ( e na sequencia ) os Novos Baianos, A Cor do Som, os trios elétricos, a Axé Music, o Samba - Reggae, a Timbalada, etc.
Também não foi por milagre que a Jamaica se tornou berço do Calipso, do Ska, do Reggae, do Dub, do Raggamuffin e de todas as variantes do Dancehall que hoje, quase 20 anos depois da morte de Marley, contaminam as paradas de sucesso de todo o mundo.
Esses dois fenômenos foram condicionados por combinações específicas de fatores geográficos, econômicos, políticos, sociológicos, antropológicos, enfim, culturais, cuja história eu não seria capaz de analisar. Mas em se tratando de focos isolados que a partir de um determinado estímulo geram uma reação em cadeia capaz de contaminar toda a história futura de uma comunidade, meu depoimento talvez possa ser útil.
Uma visita muito especial
Lembro-me muito bem do nervosismo que tomou conta da cidade quando, em 93 (logo após o primeiro Abril Pro Rock), a diretoria da Sony anunciou que mandaria um representante ao Recife para contratar Chico Science... Fun! Fun! Zoeira Total! Diversão a qualquer custo, e a mais barulhenta possível! Esse havia sido o nosso lema quando, dois anos antes, sentindo o descompasso - o fundo do poço, o infarto iminente - , resolvêramos tentar de tudo para detonar adrenalina no coração deprimido da cidade. Depois de vários shows e eventos muito bem sucedidos, e do manifesto "Caranguejos com Cérebro" ( que transformou, de uma hora para outra centenas de arruaceiros inocentes em "mangueboys" militantes ), parecia que a cidade realmente começava a despertar do coma profundo em que esteve mergulhada desde o início da guerra dos 80.
Parêntese: não é exagero. Segundo os levantamentos mensais do DIEESE, Recife conseguiu manter sem muito esforço a impressionante e isolada posição de campeã nacional do desemprego e da inflação por nada menos que dez anos seguidos!!! Imaginem o efeito devastador que uma situação como essa pode provocar na alma de uma comunidade com mais de 400 anos de história e que só neste século havia gerado nomes da dimensão de Manuel Bandeira, Gilberto Freyre, Josué de Castro e João Cabral de Melo Neto. Para nós, que mal havíamos saído da adolescência só restavam duas saídas: tentar uma bolsa na Europa ou ganhar as ruas...
Então, a chegada da Sony representava uma espécie de prêmio coletivo. O significado simbólico era que finalmente podia estar se abrindo um canal de comunicação direta com o mercado mundial, como os caranguejos do asfalto haviam almejado em seu primeiro manifesto. Para todos os agentes e operadores culturais que viam seu talento e potencial atrofiados pela desmotivação, era o estímulo concreto que faltava. Afinal, queiram ou não, discos pop lançados por multinacionais movimentam várias áreas de expressão ao mesmo tempo: moda, fotografia, design, produção gráfica, vídeos, relações públicas, assessoria, imprensa, marketing, música,etc.
Daí em diante, pode-se dizer que teve início um efetivo "renascimento" recifense. Todo mundo gritou mãos à obra! e partiu para o ataque. As ruas viraram passarelas de estilistas independentes; bandas pipocaram em cada esquina; palcos foram improvisados em todos os bares; fitas demo e clipes novos eram lançados toda semana, e assim por diante, gerando uma verdadeira cooperativa multimídia autônoma e explosiva, que não parava de crescer e mobilizar toda a cidade. De headbangers a mauricinhos, de punks a líderes comunitários, de surfistas a professores acadêmicos, ninguém ficou de fora. Para se ter uma idéia, a frase " computadores fazem arte, artistas fazem dinheiro" ( Mundo Livre SA ) virou tema de redação de vestibular de uma faculdade local.
Se o caso é especular sobre o que pode acontecer daqui em diante, o mais oportuno seria tentar identificar na história do Pop, fatos ou situações semelhantes que possam servir de exemplos. Em se tratando de movimentos de cultura Pop; gerados em focos isolados; situados na periferia do mercado; e com reconhecimento mundial, os fenômenos mais correlatos ao Mangue Beat que se tem notícia - ainda que os estágios de desenvolvimentos sejam distintos - são a Jamaica pós-Bob Marley e Salvador pós-Tropicalismo.
Sobre Salvador, minha experiência como mangueboy me diz que o Tropicalismo não surgiu lá por acaso. Nada no mundo poderia ter impedido o caldo cultural da cidade de gerar posteriormente ( e na sequencia ) os Novos Baianos, A Cor do Som, os trios elétricos, a Axé Music, o Samba - Reggae, a Timbalada, etc.
Também não foi por milagre que a Jamaica se tornou berço do Calipso, do Ska, do Reggae, do Dub, do Raggamuffin e de todas as variantes do Dancehall que hoje, quase 20 anos depois da morte de Marley, contaminam as paradas de sucesso de todo o mundo.
Esses dois fenômenos foram condicionados por combinações específicas de fatores geográficos, econômicos, políticos, sociológicos, antropológicos, enfim, culturais, cuja história eu não seria capaz de analisar. Mas em se tratando de focos isolados que a partir de um determinado estímulo geram uma reação em cadeia capaz de contaminar toda a história futura de uma comunidade, meu depoimento talvez possa ser útil.
Uma visita muito especial
Lembro-me muito bem do nervosismo que tomou conta da cidade quando, em 93 (logo após o primeiro Abril Pro Rock), a diretoria da Sony anunciou que mandaria um representante ao Recife para contratar Chico Science... Fun! Fun! Zoeira Total! Diversão a qualquer custo, e a mais barulhenta possível! Esse havia sido o nosso lema quando, dois anos antes, sentindo o descompasso - o fundo do poço, o infarto iminente - , resolvêramos tentar de tudo para detonar adrenalina no coração deprimido da cidade. Depois de vários shows e eventos muito bem sucedidos, e do manifesto "Caranguejos com Cérebro" ( que transformou, de uma hora para outra centenas de arruaceiros inocentes em "mangueboys" militantes ), parecia que a cidade realmente começava a despertar do coma profundo em que esteve mergulhada desde o início da guerra dos 80.
Parêntese: não é exagero. Segundo os levantamentos mensais do DIEESE, Recife conseguiu manter sem muito esforço a impressionante e isolada posição de campeã nacional do desemprego e da inflação por nada menos que dez anos seguidos!!! Imaginem o efeito devastador que uma situação como essa pode provocar na alma de uma comunidade com mais de 400 anos de história e que só neste século havia gerado nomes da dimensão de Manuel Bandeira, Gilberto Freyre, Josué de Castro e João Cabral de Melo Neto. Para nós, que mal havíamos saído da adolescência só restavam duas saídas: tentar uma bolsa na Europa ou ganhar as ruas...
Então, a chegada da Sony representava uma espécie de prêmio coletivo. O significado simbólico era que finalmente podia estar se abrindo um canal de comunicação direta com o mercado mundial, como os caranguejos do asfalto haviam almejado em seu primeiro manifesto. Para todos os agentes e operadores culturais que viam seu talento e potencial atrofiados pela desmotivação, era o estímulo concreto que faltava. Afinal, queiram ou não, discos pop lançados por multinacionais movimentam várias áreas de expressão ao mesmo tempo: moda, fotografia, design, produção gráfica, vídeos, relações públicas, assessoria, imprensa, marketing, música,etc.
Daí em diante, pode-se dizer que teve início um efetivo "renascimento" recifense. Todo mundo gritou mãos à obra! e partiu para o ataque. As ruas viraram passarelas de estilistas independentes; bandas pipocaram em cada esquina; palcos foram improvisados em todos os bares; fitas demo e clipes novos eram lançados toda semana, e assim por diante, gerando uma verdadeira cooperativa multimídia autônoma e explosiva, que não parava de crescer e mobilizar toda a cidade. De headbangers a mauricinhos, de punks a líderes comunitários, de surfistas a professores acadêmicos, ninguém ficou de fora. Para se ter uma idéia, a frase " computadores fazem arte, artistas fazem dinheiro" ( Mundo Livre SA ) virou tema de redação de vestibular de uma faculdade local.
Fontes de pesquisa:
http://manguebeat.wordpress.com/2007/12/31/o-manifesto-do-mangue-beat/
http://manguebeat.forumeiros.com/t3-manifesto-mangue-2-quanto-vale-uma-vida
http://www.google.com.br/imgres?q=Movimento+mangue+beat&start=140&hl=pt-BR&sa=X&biw=1145&bih=733&tbm=isch&prmd=imvns&tbnid=7df8VAbPWAhORM:&imgrefurl=http://pernambucation.blogspot.com/2012/01/mangue-beat-o-movimento-cena.html&imgurl=http://1.bp.blogspot.com/-jDUdw4QIZsY/Tw805I0jzMI/AAAAAAAAAH4/73BniRw_tR8/s1600/OgAAAAe64eRqy2UExtT1JFEHCCwxXh-7eh8bF5MalUZKIm4GpRRO8yT5lSvIJzsfht2rIwegMsWnLiOde39Ja_B9kK8Am1T1UEYsmR6bIllZ_DpidC3iUbnSFo4L.jpg&w=779&h=541&ei=DcI_UOLoNKfr0gGj2ID4Cw&zoom=1&iact=hc&vpx=657&vpy=199&dur=2691&hovh=187&hovw=269&tx=149&ty=112&sig=116606152539360250407&page=8&tbnh=147&tbnw=212&ndsp=20&ved=1t:429,r:13,s:140,i:233
http://www.google.com.br/search?q=Movimento+mangue+beat&hl=pt-BR&prmd=imvns&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=vME_UMT9E4a90AGawYC4DA&sqi=2&ved=0CDUQsAQ&biw=1145&bih=733