DANÇAS
BRASILEIRA
(Obs: Textos extraidos e adaptados do site: www,educacao.uol.com.br)
Todos
nós sabemos que a Dança é algo que está completamente presente em
nossas vidas. Para muitos, essa arte que dizer o “indizivel”, ou
melhor dizendo, falar com o corpo, com a alma. Vamos então observar
um pouco sobre a produção musical brasileira, e consequentemente, a
dança do nosso povo.
"O
Brasil é um absurdo, e pode ser um absurdo? Até aí tudo bem, nada
mal! O Brasil é um absurdo, mas ele não é surdo! O Brasil tem um
ouvido musical, que não é normal..." Com estes versos
irônicos, o cantor e compositor baiano Caetano Veloso faz um elogio
à musicalidade da cultura brasileira, mas o que teria estimulado a
ele fazer esse elogio? Oque faz do Brasil ser uma das principais
fontes de inspiração de artistas do mundo inteiro? Isso é o que
iremos investigar ao entrar na universalidade cultural do nosso país.
É inquestionável que o Brasil é muito rico em ritmos musicais, que aqui se originaram e se tornaram conhecidos internacionalmente devido a essa riqueza. O samba e o futebol, é uma das expressões mais conhecidas do Brasil no exterior, mas não se resume a isso, pois o samba é somente um de nossos típicos ritmos musicais, que ainda tem o frevo, o maracatu, o baião, o xaxato, o carimbó entre outras que se fragmenta dessas manifestações. Vamos começar a conhecer alguns desses ritmos musicais.
Frevo
Vale
transcrever a definição que Câmara Cascudo dá a essa dança de
rua e de salão: "é a grande alucinação do carnaval
pernambucano. Trata-se de uma marcha de ritmo sincopado, obsedante,
violento e frenético, que é a sua característica principal. E a
multidão ondulando, nos meneios da dança, fica a ferver. E foi
dessa idéia de fervura (o povo pronuncia 'frevura', 'frever', etc.),
que se criou o nome de 'frevo'." A coreografia é improvisada e
quase acrobática, executada originalmente com roupas coloridas e uma
sombrinha. Não se pode deixar de mencionar que, a partir da década
de 1970, o frevo ganhou espaço também no carnaval baiano: Gilberto
Gil e Caetano Veloso compuseram diversos frevos, a serem executados
em trios elétricos.
Maracatu
Tem
origem negra e religiosa. Grupos de negros acompanhavam os Reis do
Congo, eleitos pelos escravos, que eram coroados nas igrejas, em que
depois faziam um batuque em homenagem à padroeira ou, em especial, a
Nossa Senhora do Rosário, padroeira dos homens negros. A tradição
religiosa se perdeu e o grupo convergiu para o carnaval, mas
conservou elementos próprios, diferentes dos de outros cordões ou
blocos carnavalescos. À frente do grupo vão rei e rainha,
príncipes, embaixadores, dançarinas e indígenas. Não há enredo.
Simplesmente se desfila ao ritmo dos tambores. O ritmo surgiu em
Pernambuco, mas também se encontra em outros estados do Nordeste.
O
surgimento do maracatu causa controvérsias; porém, acredita-se que
ele surgiu por volta de 1700, trazido pelos portugueses ao Brasil. A
dança possuía partes com coreografias e teatro e era acompanhada
por músicos e dançarinos. Esses vestiam roupas que remetiam a
realeza (porta-estandarte, rei, rainha, príncipes, duquesas e
duques, etc.). Posteriormente, o maracatu passou a ser realizado
durante o Carnaval. Além disso, a dança tem a participação de
instrumentos como zabumba e ganzas.
Forró
O
nome forró deriva de forrobodó, "divertimento pagodeiro",
segundo o folclorista Câmara Cascudo. O forró era em sua origem um
baile animado por vários gêneros musicais, como o baião, o xote, e
o xaxado. Nesse sentido, também era conhecido como "arrasta-pé"
ou "bate-chinela". O forró, hoje, é praticamente um
gênero musical que engloba os ritmos acima mencionados. Sua origem é
o sertão nordestino e os instrumentos musicais utilizados são
basicamente a sanfona ou acordeão, o triângulo e a zabumba.
Alguns estudiosos atribuem a origem da palavra forró à pronúncia abrasileirada dos bailes "for all" (para todos), que, no começo do século, os engenheiros ingleses da estrada de ferro Great Western, promoviam para os operários em Pernambuco, na Paraíba e em Alagoas.
Alguns estudiosos atribuem a origem da palavra forró à pronúncia abrasileirada dos bailes "for all" (para todos), que, no começo do século, os engenheiros ingleses da estrada de ferro Great Western, promoviam para os operários em Pernambuco, na Paraíba e em Alagoas.
Baião, xote e xaxado
O
baião, segundo o folclorista Câmara Cascudo, associa os termos
"baiano" e "rojão", pequenos trechos musicais
executados por viola, no intervalo dos desafios entre os cantadores
de improviso. Mas o gênero consagrou-se e ganhou novas
características quando o sanfoneiro pernambucano Luiz Gonzaga
popularizou-o através do rádio em todo o Brasil. É este o ritmo
que predomina hoje nos forrós.
O xote é um ritmo mais lento, para se dançar a dois, de origem alemã, mas que se radicou no Nordeste e mistura os passos de valsa e de polca. Quanto ao xaxado, originalmente, era uma dança exclusivamente masculina, executada pelos cangaceiros, sem acompanhamento instrumental para o canto, com o ritmo marcado pela coronha dos rifles, batidos no chão. O nome xaxado deve ser uma onomatopéia do xá-xá-xá que faziam as alpercatas de couro ao se arrastarem no chão. A dança, difundida por Lampião e seu bando, dispensava a presença feminina. Segundo Luiz Gonzaga, "nessa dança, a dama é o rifle".
O xote é um ritmo mais lento, para se dançar a dois, de origem alemã, mas que se radicou no Nordeste e mistura os passos de valsa e de polca. Quanto ao xaxado, originalmente, era uma dança exclusivamente masculina, executada pelos cangaceiros, sem acompanhamento instrumental para o canto, com o ritmo marcado pela coronha dos rifles, batidos no chão. O nome xaxado deve ser uma onomatopéia do xá-xá-xá que faziam as alpercatas de couro ao se arrastarem no chão. A dança, difundida por Lampião e seu bando, dispensava a presença feminina. Segundo Luiz Gonzaga, "nessa dança, a dama é o rifle".
Coco, lundu e maxixe
Outra
dança tradicional do Nordeste e do Norte, o coco, tem origem
incerta: alguns dizem que veio da África com os escravos, e há quem
defenda ser ela o resultado do encontro entre as culturas negra e
índia. Apesar de freqüente no litoral, o coco teria surgido no
Quilombo dos Palmares, a partir
do ritmo em que os cocos eram quebrados para a retirada da amêndoa.
A sua forma musical é cantada, com acompanhamento de um ganzá ou
pandeiro e da batida dos pés. Também conhecido como samba, pagode
ou zambê, o coco originalmente se dá em uma roda de dançadores e
tocadores, que giram e batem palmas.
Já o lundu foi o primeiro gênero afro-brasileiro de canção popular. Originalmente era uma dança sensual praticada por negros e mulatos em rodas de batuque, fixando-se como canção apenas no final do século 18. Posteriormente, no século 19, com harmonização erudita, chegou aos salões das elites cariocas. Contudo, o ritmo desapareceu no início do século 20, ou melhor, misturou-se ao tango e à polca e deu origem ao maxixe. Este apareceu entre 1870 e 1880, como dança, e tornou-se gênero musical por volta de 1902. Apesar de o tambor e os instrumentos de percussão, em geral, serem bem conhecidos dos portugueses, foram os africanos que introduziram no país a maior variedade que deles existe hoje, além das danças que têm na percussão a sua essência, caso do Tambor-de-crioulo.
Já o lundu foi o primeiro gênero afro-brasileiro de canção popular. Originalmente era uma dança sensual praticada por negros e mulatos em rodas de batuque, fixando-se como canção apenas no final do século 18. Posteriormente, no século 19, com harmonização erudita, chegou aos salões das elites cariocas. Contudo, o ritmo desapareceu no início do século 20, ou melhor, misturou-se ao tango e à polca e deu origem ao maxixe. Este apareceu entre 1870 e 1880, como dança, e tornou-se gênero musical por volta de 1902. Apesar de o tambor e os instrumentos de percussão, em geral, serem bem conhecidos dos portugueses, foram os africanos que introduziram no país a maior variedade que deles existe hoje, além das danças que têm na percussão a sua essência, caso do Tambor-de-crioulo.
Este
compõe-se de uma série de cantos e dança, ao som de triângulo,
cabaça e tambores, feitos artesanalmente e muitas vezes em momentos
de encontros em “Laborarte”. Uma das regiões do país onde é
muito presente essas manifestações artística é a região nordeste
e parte da Região norte, com a influências dos índios.
O
Reisado
Dança popular que ocorre entre a véspera de natal e o dia seis de janeiro, Dia de Reis. Também chamada de folia de Reis, essa dança envolve cantores e músicos que vão até as casas para anunciar a chegada de um Messias. As pessoas que participam possuem diversos personagens e são acompanhados por instrumentos como o violão, a sanfona, o triângulo e a zabumba.
Pau-da-bandeira
Dança
realizada principalmente na região nordeste que acontece
principalmente durante o dia de Santo Antônio. Um tronco é
escolhido e carregado pelos homens da cidade. Como manda a tradição,
as mulheres que desejam casar devem tocar esse tronco.
Maneiro-Pau
Dança
com maior influência no estado do Ceará, Maneiro-Pau conta com
dançarinos que realizam os passos em rodas e com pedaços
de pau nas mãos.
Esses pedaços são batidos no chão formando o ritmo da dança.
Durante toda a coreografia, alguns participantes duelam enquanto
outros batem no chão.
Caninha
Verde
Dança
portuguesa que foi inserida no país durante o Ciclo do Açúcar.
Também foi praticada em colônias de pescadores,festa de casamento e
cordões.
Bumba
meu Boi
Um
dos símbolos folclóricos do Brasil, o Bumba meu Boi mescla dança,
música e teatro. Além disso, é praticado nas mais variadas regiões
do país. Os personagens cantam e dançam para contar a história de
um boi que morreu e ressuscitou após ter sua língua cortada para
satisfazer os desejos de uma mulher grávida.
Fandango
Essa
dança chegou à região sul do Brasil por volta de 1750 e foi
trazida por portugueses. Os dançarinos recebiam o nome de folgadores
e folgadeiras dançavam em festas executando diversos passos.
Atualmente, permanece preservado na região com passos, música e
canto. Os instrumentos mais usados são as violas, a rabeca, o
acordeão e o pandeiro. Os dançarinos vestem roupas típicas da
região e rodam próximo ao seu par, mas sem se tocar. Eles se
movimentam para atrair a atenção do outro e os homens sapateiam de
forma contínua. A dança contém traços de valsas e bailes e forte
presença de sensualidade.
Carimbó
Enquanto
os homens vestem camisas e calças lisas, as mulheres utilizam blusas
com ombros à mostra e saias rodadas. Os casais ficam em fileiras e o
homem se aproxima de seu par batendo palmas. Segue-se passos de
volteio e as mulheres também jogam um lenço no chão para que seu
parceiro possa pegar como forma de respeito.
Fontes: